quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Tudo é um aprendizado..

Nossa, estava remexendo o meu computador e achei algumas coisas. Comecei a ler conversas, ver algumas fotos e relembrar um tanto de coisas bonitas que aconteceram na minha vida desde o começo do ano.

É engraçado ver como a gente acha que é madura e diante de tantas situações fica como criança. Faz birra, dá uma de doida, cobra o que não precisa e tudo aquilo que faz uma mulher quando se apaixona. Talvez a vida tenha sido tão dura que o medo de perder a pessoa se torna maior do que a própria razão. Agimos sem pensar para tentar manter quem gostamos por perto.
Quantos erros.. como fui criança. Em tantas ocasiões onde era necessário calar, a minha boca grande foi à frente. Conversando com alguns amigos meus ,que tem namorada, constatei alguns problemas das relações da parte da mulher (a parte do homem não vou questionar aqui). A maior parte dos problemas está ligado a comunicação.. diálogo. "Mas eu pensei que ele sabia que eu queria isso" "Mas eu queria que ele falasse assim comigo".. As mulheres acham que os caras tem que adivinhar o que estão pensando. Aí entramos na segunda parte, as expectativas. Gerar expectativas é um grande problema feminino. Sempre estamos esperando que ele faça tal coisa, diga tal coisa ou que ele seja tal coisa. O erro está aí! Ele não será o que você espera pois ele não é controlado pela sua mente.

O cara tem personalidade própria e se ele não te surpreendeu em tal coisa, deixe ele te surpreender do jeito dele. Não tome decisões precipitadas. Não ligue quando está nervosa ou quando acha que descobriu alguma coisa sobre ele. Ei, tenha calma! Respire fundo. Nessa hora é bom parar e analisar o que aconteceu. Vale a pena brigar? Pense no dia em que vocês se conheceram e no quanto esse cara te faz suspirar. Às vezes, se ele não está sendo tão carinhoso, ou te dando a atenção que você gostaria, pode ser que ele esteja com problemas no trabalho, na família.. homens são mais fechados mesmo, nem sempre eles vão abrir pra você um problema. Pergunte, mas saiba calar se ele falar "não quero falar sobre isso", o que você deve fazer nessa hora é dizer "Se você quiser conversar vou estar sempre aqui".. não insista, não fique pentelhando achando que é com você, que ele tem outra e etc.
Eu aprendi que um abraço fala mais que muitas palavras.. Aprendi que preciso pensar bastante antes de tomar qualquer decisão e que as vezes em nome do amor, é necessário relevar algumas coisas.

É difícil ver o quanto errei e não poder voltar atrás em tanta coisa. Porém sempre é tempo de aprender a não repetir os erros, até porque a vida não acabou. É bom e importante se sentir mais madura pra viver um novo amor. Rever os erros e prometer pra si mesma que fará de tudo para mudar.
É isso aí.. bola pra frente! Nada de ficar lamentando o que já passou. Se ele não te quer mais tem muitos que te querem! Ele não é o último homem do planeta..
Mas se tiver chance de reviver esse amor que passou, faça tudo diferente!

Fica a dica mulherada ;)

domingo, 4 de setembro de 2011

O amor bom é facinho - por Ivan Martins (diretor-executivo da Época)


Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem. Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação, por exemplo. Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade se perde do mesmo jeito. Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade?

Eu suspeito que não.

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói.

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo?

Minha experiência sugere o contrário.

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas.

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado.

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos?

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer?

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir?

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios.

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio?

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada.